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Use e deixe na rua: como funciona carro compartilhado inspirado em patinete

Abrir um aplicativo, buscar o carro mais próximo, destravá-lo pelo celular e dirigir. Na hora de entregar, parar em uma vaga comum de rua e dar baixa no sistema. Parece uma cena da série futurista Black Mirror, mas o compartilhamento de carros com regras bem parecidas às das bicicletas e patinetes elétricos já é realidade no Brasil.

Francisco dos Santos é um dos clientes que se rendeu à tecnologia. Morador do Rio de Janeiro, o marceneiro descobriu o serviço por indicação de um amigo. A Velo-City Car Sharing oferece 10 carros compartilhados no Rio de Janeiro. A escolha do veículo é feita pelo aplicativo, via geolocalização. O cliente não paga pelo combustível, apenas pelos minutos de utilização. O valor é de R$ 0,85 por minuto de carro rodando e R$ 0,15 por minuto de carro parado.

O marceneiro Francisco dos Santos é adepto da teconlogia, e foi no Rio de Janeiro a Aracaju com o carro compartilhado Imagem: Divulgação.

“Eu achei algo prático e que economiza bastante tempo. O ponto que me chamou atenção é a questão da devolução: geralmente, tinha problemas para devolver os carros aos finais de semana. Nesse serviço, a devolução é independente do dia e hora, é só fazer o procedimento através do aplicativo e estacionar o veículo”, pontua Francisco, que foi do Rio de Janeiro a Aracaju com o Chevrolet Onix que alugou.

A forma de devolução é, realmente, o diferencial do serviço, já que o compartilhamento de veículos por tempo de uso também é oferecido em São Paulo e outras cidades. Nesse caso, não é preciso desviar do caminho para deixar o carro em um estacionamento credenciado, por exemplo, bastando estacionar em uma vaga de rua dentro da área determinada pelo aplicativo.

“Estamos em quase todos os bairros do Rio de Janeiro. Na prática, o usuário estaciona o veículo e nos notifica pelo aplicativo, bem parecido com o aluguel de bicicletas e patinetes. A única regra é que deve haver pelo menos um quarto de combustível no tanque”, informa Bruno Moreira, sócio da startup.

Sobre o combustível, Moreira explica que o cliente não precisa se preocupar. A empresa disponibiliza um cartão para abastecimento, e confere se a quantidade de litros adquirida é a mesma contabilizada pelo sensor do tanque de combustível. A única recomendação é manter a nota fiscal dentro do porta-luvas.

Usuário ativo do serviço, o professor de educação física Leonardo Berlim não pretende comprar um carro depois de conhecer a facilidade do compartilhamento de veículos.

“Esse tipo de aluguel de carro facilitou. Desde então, eu não me preocupei mais em ter carro, pois o custo acaba ficando muito elevado, ainda mais que eu não utilizo tanto. Meu custo mensal com locomoção ficou bem baixo, alugo por hora, às vezes por minutos, só pago pelo que utilizo e o combustível é incluso. Anula totalmente a chance de eu comprar algum carro”, afirmou.

Frota ainda é pequena

Apesar de ter apenas 10 carros em circulação, entre hatches, SUVs, elétricos e modelos de sete lugares, a empresa já encomendou mais 20 novos modelos, mas deve recebê-los ao longo do ano.

“Percebemos que a demanda pelo serviço é alta, porque muitos preferem guiar o veículo do que pegar táxi ou Uber. É liberdade de trocar de destino quantas vezes quiser”, argumenta Moreira.

Por Paula Gama

Fonte: UOL – Carros

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