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Setor de locação de carros retoma estratégias conservadoras, afirma BofA

O banco destaca a capacidade de execução, que continua sendo a vantagem competitiva mais importante do setor

O desempenho do setor de locação de automóveis não está “fortemente relacionado à economia” e a execução é a principal força das companhias, de acordo com o Bank of America. Para o banco, o setor passa por um momento de retorno de estratégias conservadoras.

Em relatório, os analistas Murilo Freiberger e Gustavo Tasso afirmam que o banco permanece com visão otimista do setor, levando em conta os resultados do terceiro trimestre. O BofA destaca a capacidade de execução, que continua sendo a vantagem competitiva mais importante do setor.

De acordo com o Bank of America, os dados de volumes, tarifas e taxas de ocupação indicam uma “recuperação impressionante”, em forma de “V”, impulsionada pelos indicadores de demanda do mercado brasileiro.

O BofA pondera que as taxas de produção de automóveis podem ser um “possível gargalo” que impede o setor de atingir a potencial lucratividade total. 

“À medida que as empresas procuram maximizar seus volumes de aluguel, se as taxas de produção de automóveis não se recuperarem logo, as locadoras devem desacelerar as vendas de carros usados”, afirmam os analistas. 

Até o momento, a Localiza permanece como nome preferido do BofA no setor. Para os analistas, a companhia “continua a mostrar uma execução superior”, mesmo considerando suas diferenças de estratégia, escala e contabilidade ante os pares. Como consequência, afirmam, o spread do retorno do capital investido da companhia continua aumentando em relação aos concorrentes. 

Outro destaque da companhia é o retorno de estratégias conservadoras em relação à depreciação, que proporcionou corte de despesas de 52% no trimestre em meio ao aumento de margens de vendas de carros usados e manutenção da frota.

Já a Movida enfrenta um cenário de contas atrasadas em patamares altos, apesar do início da normalização do setor. 

O indicador de contas atrasadas está em 22% do faturamento bruto da companhia no terceiro trimestre, ante 9% da Unidas. No segundo trimestre, as empresas reportavam taxas de 18% e 36%, respectivamente.

Por Ana Luiza de Carvalho

Fonte: Valor

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