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Presidente da Movida estima ter mais de 1 milhão de carros zero Km em cinco anos

O braço de GTF (gestão e terceirização de frotas) fechou 2020 com uma frota de 47 mil, adição de 8,5 mil carros no ano. O crescimento, segundo a empresa, foi impulsionado pelo produto Movida Zero Km

O diretor-presidente da Movida, Renato Franklin, traçou um cenário muito otimista para o negócio de carros por assinatura da movida para pessoa física, o Movida Zero Km.

“Esse mercado é uma das principais avenidas de crescimento. Vai ser o maior mercado das locadoras no futuro”, disse o executivo, durante teleconferência de resultados para comentar os números do quarto trimestre, na manhã desta terça-feira.

Segundo o executivo, diante da força do setor, há espaço para se ter mais de 1 milhão de carros dentro do segmento zero quilômetro daqui a cinco anos. “Vai ter um retorno muito bom. E com a escala que temos no aluguel de carros, conseguimos ser muito mais competitivos”, disse.

O braço de GTF (gestão e terceirização de frotas) fechou 2020 com uma frota de 47 mil, adição de 8,5 mil carros no ano. O crescimento, segundo a empresa, foi impulsionado pelo produto Movida Zero Km.

A receita média por carro do GTF, entretanto, chegou a R$ 1.197 no quarto trimestre, redução de 8% versus igual trimestre de 2019. A queda é explicada pelo crescimento do Movida Zero Km, que incentivou os três primeiros meses do produto com um desconto de aproximadamente 50%.

Semi-novos em alta
O diretor-presidente da Movida, Renato Franklin, destacou que os preços dos seminovos continuam fortalecidos neste início de ano. Diante da pandemia, as montadoras tiveram dificuldade de entregar veículos novos, o que comprometeu a oferta e puxou o preço do usado no mercado.

“Já temos visibilidade do primeiro trimestre e não tem nada diferente contra o quarto trimestre. Continuamos com preço de seminovos muito forte”, disse o executivo, durante teleconferência.

O mercado de seminovo trouxe uma sustentação importante às locadoras de automóveis durante a crise. A Movida, por sinal, registrou um recorde no valor médio por carro vendido no quarto trimestre de 2020 de R$ 50.153, crescimento de 25% contra igual trimestre de 2019.

O diretor administrativo e financeiro e de relações com investidores da empresa, Edmar Prado Lopes Neto, destacou que o grupo tem adotado uma postura de cautela com o seminovo.

“Podemos viver um cenário em que os preços de seminovos percam força, de bolha de seminovos. No ponto de vista da companhia não nos preocupa os carros que vão ser vendidos nos próximos três a seis meses. O que nos preocupa e nos leva a tomar atitude mais cautelosa nesse momento são os carros que venderemos em 2022 e entraram na frota no ano passado e não sabemos o que vai acontecer (em termos de preço de venda)”, disse.

Ele destacou que neste momento a empresa escolheu sacrificar resultados no curto prazo via depreciação de frota para garantir que a companhia esteja prepara para um cenário em 2022 de preços menos remuneradores para veículos seminovos.

Por Cristian Favaro

Fonte: Valor Investe

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